Resto 144/c

"...eu, que desperto numa encruzilhada, não sabia de onde viera...vi que estava vestido de pajem...vi que tinha nas mão as mensagem que entregar..o papel estava branco, riram-se de mim...porque todos os papéis estão brancos, ou porque todas as mensagens se adivinham.
Por fim sentei-me na pedra da encruzilhada como à lareira que me faltou. E comecei, a sós comigo, a fazer barcos de papel com a mentira que me haviam dado. Ninguém me quiz acreditar, nem por mentiroso, e não tinha lago com que provasse a minha verdade.
Palavras ociosas, perdidas, metáforas soltas, que uma vaga angústia encadeia a sombras...Saudade dos tanques das quintas alheias...Ternura do nunca sucedido..."