Resto 228/d
" ...Compreendo que , atendendo a certos factos aparentemente desviados de um plano (e era preciso saber o plano para saber se são desviados), se atribua a essa inteligência suprema algum elemento de imperfeição. Isso compreendo, se bem que o não aceite. Compreendo ainda que, atendendo ao mal que há no mundo, se não possa aceitar a bondade infinita dessa inteligência criadora. Isso compreendo , se bem que não o aceite também. Mas que se negue a existência dessa inteligência, ou seja, de Deus, é coisa que me parece uma daquelas estupidezes que tantas vezes afligem, num ponto a inteligência, homens que, em todos os outros pontos dela, podem ser superiores; como os que erram sempre em somas, ou ainda, e pondo já no jogo a inteligência da sensibilidade, os que não sentem a música, ou a pintura ou a poesia."