" Não sei que coisa estranha e pobre existe na substância íntima dos jardins citadinos que só a posso sentir bem quando me não sinto bem a mim. Um jardim é um resumo da civilização - uma modificação anónima da natureza. As plantas estão ali, mas não há ruas - ruas. Crescem árvores, mas há bancos por baixo da sua sombra. No alinhamento virado para os quatro lados da cidade, ali só largo, os bancos são maiores e têm quase sempre gente....Assim, na cidade, regados mas úteis, os jardins são para mim como gaiolas, em que as espontaneidades coloridas das árvores e das flores não têm senão espaço para não o ter, lugar para dele não sair, e a beleza própria sem vida que perence a ela.
Mas há dias em que esta é a paisagem que me pertence, e em que entro como um figurante numa tragédia cómica."