Resto 82/b
"Nunca pretendi ser senão um sonhador. A quem me falou de viver nunca prestei muita atenção. Pertenci sempre ao que não está onde estou e ao que nunca pude ser....Nunca amei senão coisa nenhuma. Nunca desejei senão o que nem podia imaginar.À vida nunca pedi senão que pasasse por mim sem que eu a sentisse. Do amor apenas exigi que nunca deixasse de ser um sonho longínquo. Nas minhas própria paisagens interiores, irreais todas elas, foi sempre o longínquo que me atraiu, e os aquedutos que se esfumavam - quase na distância das minhas paisagens sonhadas, tinham uma doçura de sonho em relação às outras partes da paisagem - uma doçura que fazia com que eu as pudesse amar."