Resto 62/b

" Ora as costas deste homem dormem. Todo ele, que caminha adiante de mim com a passada igual à minha, dorme. Vai inconsciente. Vive inconsciente. dorme, porque todos dormimos. Toda a vida é um sonho. Ninguém sabe o que faz, ninguém sabe o que quer, ninguém sabe o que sabe. Dormimos a vida, eternas crianças do Destino. Por isso sinto, se penso com esta sensação, uma ternura informe e imensa por toda a humanidade infantil, por toda a vida social dormente, por todos, por tudo."