" Pobre da sensibilidade que depende de um pequeno movimento do ar para o conseguimento, ainda que episódico, da sua tranquilidade! Mas assim é toda a sensibilidade humana...Posso pensar em dormir. Posso sonhar de sonhar. Vejo mais claro a objectividade de tudo. Uso com mais conforto o sentimento externo da vida. E tudo isto, efectivamente, porque, ao chegar quase à esquina, um virar no ar da brisa me alegra a superficie da pele.
Tudo quanto amamos ou perdemos - coisas, seres, significações - nos roça a pele e assim nos chega à alma, e o episódio não é, em Deus, mais que a brisa que me não trouxe nada salvo o alívio suposto, o momento propício e o poder perder tudo esplendidamente."