" Criei-me eco e abismo.Multipliquei-me aprofundando-me.
O mais pequeno episódio - uma alteração saindo da luz, a queda enrolada, de uma folha seca, a pétala que se despega amarelecida, a voz do outro lado do muro com os passos de quem a diz juntos aos de quem a deve escutar, o portão entreaberto da quinta velha, o pátio abrindo com um arco das casas aglomeradas ao luar - todas estas coisas, que me não pertencem, prendem-me a meditação sensível com laços de ressonância e de saudade.
Em cada uma dessas sensações sou outro, renovo-me dolorosamente em cada impressão indefinida.Vivo de impressão que me não pertencem, perdulário de renúncias, outro no modo como sou eu."