" Debruço-me, de uma das janelas de sacada do escritório abandonado ao meio-dia, sobre a rua onde a minha distracção sente movimentos de gente nos olhos, e os não vê, da distância da meditação...Os pormenores da rua parada onde muitos andam destacam-se-me com um afastamento mental...A gente que passa na rua é sempre a mesma que passou há pouco, é sempre o aspecto flutuante de alguém, nódoas de movimento, vozes de incerteza, coisas que passam e não chegam a acontecer.
A notação com a consciência dos sentidos, antes que com os mesmos sentidos...A possibilidade de outra coisa...E, de repente, soa, de trás de mim no escritório, a vinda abrupta do moço. Sinto que o poderia matar por me interromper o que não estava pensando...Odeio como ao universo.Tenho os olhos pesados de supor."