Resto 146/c
" Poder sonhar o inconcebível visibilizando-o é um dos grande triunfos que não eu, que sou grande, senão raras vezes atinjo. Sim, sonhar que sou por exemplo, simultaneamente, separadamente, inconfusamente, o homem e a mulher dum passeio que um homem e uma mulher dão à beira-rio. Ver-me, ao mesmo tempo, com igual nitidez, do mesmo modo, sem misturar, sendo as duas coisas com igual integração nelas, um navio consciente num mar do sul e uma página impressa dum livro antiguo. Que absurdo que isto parace! Mas tudo é absurdo, e o sonho ainda é o que o é menos."