"Tenho as opiniões mais desencontradas, as crenças mais diversas. É que nunca penso, nem falo, nem ajo...Pensa, fala, age por mim sempre um sonho qualquer meu, em que me encarno de momento. Vou a falar e falo eu-outro. De meu, só sinto uma incapacidade enorme, um vácuo imenso, uma incompetência ante tudo quanto é vida. Não sei os gestos a actos nenhum real...
Nunca aprendi a existir.
Tudo o que quero consigo, logo que seja dentro de mim.
Quero que a leitura deste livro vos deixe a impressão de terdes atravessado um pesadelo voluptuoso...Para quê olhar para os crepúsculos se tenho em mim milhares de crepúsculos diversos - alguns dos quais que o não são - e se, além de os olhar dentro de mim, eu próprio os sou, por dentro?"