"Têm passado meses sem que viva, e vou durando, entre o escritório e a fisiologia, numa estagnação íntima de pensar e de sentir. Isto, infelizmente, não repousa: no apodrecimento há fermentação.
Há muito tempo que não escrevo, mas nem sequer existo. Creio que mal sonho. As ruas são ruas para mim...Há muito tempo que não existo. estou sossegadissímo. Ningém me distingue de quem sou. Senti-me agora respirar como se houvesse praticado uma coisa nova, ou atrasada. Começo a ter consciência de ter consciência.Talvez amanhã desperte para mim mesmo, e reate o curso da minha existência própria...Não sei nada. Há muito tempo que não sou eu."