Resto 96/c

"A minha impaciência constantemente me quer arrancar desse sossego, e a minha inércia constantemente me detém nele. Medito, então, em um modorra de físico, que se parece com a volúpia apenas como o sussurro de vento lembra as vozes, na eterna insaciabilidade dos meus desejos vagos, na perene instabilidade das minhas ânsias impossiveis. Sofro, principalmente, do mal de poder sofrer. Falta-me qualquer coisa que não desejo e sofro por isso não ser propriamente sofrer.O cais, a tarde, a maresia entram todos, e entram juntos, na composição da minha angústia."